Depois da leitura
do ‘Canção de Embalar de Auschwitz’, que entrou directo no meu top de livros
sobre esta temática, resolvi apostar neste ‘Os Meninos da Estrela Amarela’ do
mesmo autor, e em boa hora o fiz.
Apesar de não ser
tão marcante e duro de ler como o primeiro, é igualmente aflitivo em muitos
momentos da narrativa.
Conta-nos a
história de Jacob e Moisés Stein, duas crianças que vivem com a sua tia em
Paris, uma vez que os pais foram obrigados a fugir para o lado da ‘França
Livre’. Entretanto, em 1942 há uma enorme rusga contra os judeus e estes
meninos são levados pelos Gendarmes. É a partir daqui que vamos acompanhar a
incessante fuga dos dois e a busca pelos seus pais.
É nesta viagem das
duas crianças que Mario Escobar nos dá a conhecer a história de “Le
Chambon-sur-Lignon” e a importância deste local na história da segunda guerra.
Foi nesta aldeia que muitos judeus que estavam a ser deportados para os campos
de extermínio se puderam esconder com a ajuda dos seus habitantes.
O autor visitou
este local com a sua família e no final do livro encontramos muita informação e
fotos tiradas no museu de Le Chambon-sur-Lignon.
Há também uma
referência a Albert Camus na própria trama de Jacob e Moisés. Também no final
da obra podemos encontrar uma foto do mesmo, uma vez que esteve alojado perto
desta aldeia, em 1942, para se recuperar de uma tuberculose e foi testemunha da
resistência e ajuda aos judeus por parte dos habitantes de Le
Chambon-sur-Lignon.
Devo dizer que
fiquei fascinada com a história destes heróis deste cantinho de França, quase
junto à fronteira com a Suíça, e fiquei cheia de vontade de saber mais e
visitar este local e o seu museu.
Posto isto, mais
um Mario Escobar ao qual dou 5 estrelas e recomendo a sua leitura.
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